CAMPANHA DE FRATERNIDADE

Aquí publicaremos los textos con que los fieles siguen el proceso de la campaña de la fraternidad

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

10. Deus confia nos jovens e os chama para a Missão.


O lema desta campanha é retirado dos escritos proféticos de um jovem. Isaías era jovem quando aceitou o convite de Deus para ser profeta em Israel, no ano da morte do rei Ozias. Foi um momento difícil para os israelitas: era iminente a invasão de Assíria, grande potência da época, e o povo precisava discernir caminhos de enfrentamento desse desafio. Mas imperava a infidelidade à Lei do Senhor; havia muitas injustiças, pois a aristocracia detinha e acumulava riquezas e poder, esvaziando o culto. Nesse contexto desafiador, Deus confiou nos jovens e chamou um deles para enviá-lo como profeta a seu povo. Chamou Isaías, pertencente à aristocracia. Ao ouvir o chamado de Deus, disse corajosamente: “Eis-me aqui. Envia-me!” (Is. 6,8). Deus então o purificou e o capacitou para a missão.



Com esta campanha, queremos que os jovens se inspirem em Isaías e em tantos outros personagens bíblicos e da história da Igreja que ouviram o chamado de Deus e puseram a vida a serviço do seu povo. Dentre esses, destaca-se Maria de Nazaré, que ainda muito jovem recebeu um papel fundamental na história da salvação, ao qual se apresentou com a obediência e a coragem da fé. Maria é mãe da juventude, pois ao assumir de forma radical a missão, acolhe a todos como filhos e mostra como servir a Deus; é o grande modelo de acolhimento da palavra de Deus e de seguimento de seu filho.
Com a CF, a Igreja diz a você, jovem: Jesus Cristo o(a) chama, quer enviá-lo(a) à messe. Que o lema: “Eis-me aqui, envia-me” inspire a sua resposta.
(o mesmo autor)

------------

9. Os jovens sofrem violência.

La Campanha da fraternidade deste ano quer também suscitar em nós reflexão e ações acerca da violência que atinge os jovens e tolhe a vida de muitos deles. Primeiro, precisamos compreender que os jovens são vitimas, desassistidos que são pelas deficientes políticas publicas voltadas a esse segmento da sociedade. Segundo dados do “Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes do Brasil”, os assassinatos de adolescentes e crianças no país, entre 1980 e 2010, aumentaram 376%, ao passo que, no mesmo período, os homicídios como um todo cresceram 259%.
Em 1980, os homicídios de jovens representavam pouco mais de 11% do total de casos de morte por assassinato. Já em 2010, subiram para 43%. Esses dados merecem o seguinte comentário: “O aumento vertiginoso do assassinato de jovens no Brasil é apenas um reflexo do que considero nossa maior bomba social: o abandono da juventude. É um tema que apesar de todos os avanços, ainda não está na agenda do brasileiro” (G. Dimenstein).

Precisamos avançar nas políticas públicas voltadas para os jovens, especialmente nas ligadas à escolaridade, para desobstruir o grande gargalo que temos no ensino básico e médio. As conferências da juventude recomendam políticas públicas de juventude relacionadas ao trabalho, cultura, educação, esporte, lazer, meio ambiente, vida segura, saúde e outras demandas. Faz-se necessário que toda a sociedade exija tais políticas e coopere com os poderes públicos para responder a essa demanda dos jovens. É igualmente necessário orientar os jovens no desenvolvimento de sua consciência crítica para o exercício da cidadania e estimular o seu protagonismo nos processos públicos para a concretização de seus direitos. ( o mesmo autor)
-------------------

---------------------

7 . O jovem como lugar Teológico.

A Igreja, por meio desta CF, volta seu olhar para os jovens de maneira muito positiva, pois os compreende como um lugar teológico. Considerar o jovem como lugar teológico significa reconhecer que Deus fala por intermédio deles. Essa perspectiva requer de nós humildade, para podermos ler e desvelar o que nos diz o Senhor por meio dos jovens.

A Igreja não deseja sacralizá-los, como sim não errassem, mas a chamada “cultura juvenil” precisa ser acolhida e analisada com respeito, pois a novidade que nasce deles pode representar caminhos oportunos para superar situações desafiadores, propondo saídas que nos ainda não vislumbramos com nossos paradigmas consolidados. Um exemplo pode ser o manuseio que os jovens fazem das novas mídias e sua interatividade dentro da nova ambiência das redes de comunicação.

Numa época de desprestigio da militância político-partidária e ausência de grandes utopias, eis que os jovens reinventam a cidadania ao veicular nas redes as suas criticas e contestações e promover até levantes contra regimes, como no caso da chamada “primavera árabe”. Conectada essa nova geração exerce o protagonismo na sociedade e na história. Mas não é só: eles tudo analisam e debatem criticamente; reinventam o modo de aprender; interagem de modo globalizado, criam espaços para a solidariedade diante de determinadas situações; procuram defender o planeta.
A conaturalidade entre os jovens e a novas mídias, não obstante os perigos que comporta, alimenta cada vez mais seu interesse em ser sujeitos atuantes, mesmo com limites. Assim, vão apontando para um modo de comportamento baseado na interatividade e solidariedade entre as pessoas, em contraposição ao individualismo reinante na sociedade consumista do mercado neoliberal. (o mesmo autor... )

--------------------

6. Fraternidade e Juventude (2)



Neste ano, a Igreja quer reafirmar sua opção preferencial pelos jovens, com a realização da Campanha da Fraternidade e da Jornada Mundial da Juventude – esta no Rio de Janeiro. Pôr em prática essa opção requer de nossas comunidades avançar no processo de conversão pastoral, indicada pelas conclusões da Conferência de Aparecida como absolutamente necessária para a missão evangelizadora da Igreja neste período de mudança de época, o que foi reiterado pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. A conversão pastoral implica ir além da mera conservação, a fim de olhar sem medo para esta realidade esse lançarem em missão, testemunhando Jesus Cristo.

Por isso, a conversão pastoral quer impulsionar os discípulos missionários para o encontro das pessoas em sua realidade – dificuldades, sofrimentos, pecados -, em atitude de solidariedade sem prejulgamentos ou condenação. Esse pressuposto é fundamental para a abordagem dos jovens, cuja imagem é enaltecida e abundantemente utilizada pelo marketing, numa espécie de juvenilização da sociedade, tornando a juventude modelo do ser humano. Mas, ao mesmo tempo, os próprios meios de comunicação deturpam essa imagem com fartas notícias de jovens ligados ao tráfico de drogas, à delinqüência, à violência, à falta de limites, imprimindo na imagem dos jovens o rótulo de “problema”.

Com a CF de 2013, a Igreja deseja mobilizar quanto possível as suas comunidades e segmentos da sociedade para escutar e compreender o “grito” dos jovens. Quer valorizá-los em suas manifestações e com eles discernir caminhos de realização e vida, mediante o encontro com Jesus Cristo, que lhes diz: “Vinde e vede” (cf. Jo 1,39).

----------------

5. Fraternidade e Juventude (I)

A realidade dos jovens foi tema da Campanha da Fraternidade de 1992, com o lema “Juventude, caminho aberto”. Neste ano de 2013, a Igreja propõe novamente a juventude como tema da CF, com o lema: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8).
Desta feita, a reflexão sobre a realidade dos jovens acontece num contexto de intensas e profundas transformações. As conclusões da Conferência de Aparecida entendem essas inquietantes transformações como um processo histórico em que ocorre mudança de época, pois as tradicionais maneiras de viver e compreender o mundo, que serviram de orientação para as pessoas por inúmeras gerações, já não são aceitas.
Essa cultura “tradicional” fragmentou-se e deu lugar a uma diversidade de novas visões do mundo e da vida, de estruturações sociais, de relação com o sagrado e de modelos antropológicos. Diante disso, todos sofrem e há grande perplexidade. Intuições importantes - e outrora referenciais para a sociedade e para os jovens – como a família, a escola e o estado também passam por crises.
É neste contexto que a Igreja se propõe lançar um olhar sobre os jovens, com suas dificuldades e potencialidades. Quer acolhê-los na diversidade e riqueza de suas manifestações e modos de ser e propiciar-lhes participação, fundamental para exercerem o protagonismo como discípulos missionários e edificadores da civilização do amor.
(Pe. Luis Carlos Dias- Secretário executivo da CF)

---------------

4. A CF e o gesto concreto.

A CF auxilia nossas comunidades na caminhada quaresmal de conversão e preparação para a Páscoa do Senhor, denunciando um pecado social concreto instalado em nossa sociedade. No entanto, a ação da CF não para nesse ato de denúncia, pois a metodologia da campanha visa à superação de qualquer separação entre fé y pratica.
O meio indicado na dinâmica da campanha para viver concretamente essa conversão é a colaboração na coleta da solidariedade, a ser assumida por todas as comunidades de nossa Igreja no domingo de nossa Igreja no domingo de Ramos. Com essa coleta, a Igreja destina recursos para projetos de caráter social que visam à superação da problemática abordada pelo tema do ano, à consolidação dos direitos das pessoas, à geração de renda em situações de pobreza.
A coleta da solidariedade do domingo de Ramos forma dois fundos: o diocesano, que recebe 60% da coleta, destinado às dioceses, e o nacional, que recebe 40%. Por esse gesto concreto de solidariedade (coleta) dos discípulos missionários, a Igreja pode cumprir sua missão e contribuir efetivamente para a transformação da sociedade. É um sinal que aponta para a necessidade de nos fazermos uns com os outros, pois nosso país ainda apresenta gritantes disparidades sociais que marginalizam e excluem milhões de irmãos.
Assim, a CF coopera para que a igreja se faça samaritana junto às pessoas em situação de pobreza e sofrimento. O gesto concreto de solidariedade deve ser organizado e incentivado por todas as comunidades eclesiais, e dele são chamados a participar todos os discípulos missionários.
(Pe. Luiz Carlos Dias – Secretário-executivo da CF)

---------------------------

3. CF e a Liturgia Quaresmal

O tempo quaresmal é celebrado na Igreja não somente em função da iniciação cristã, mas como retomada da vocação e das exigências da visa cristã. Os discípulos missionários, durante a Quaresma, encontram sobre tudo nas celebrações da eucaristia dominical a ressonância do sentido original da visa cristã: escuta da Palavra, adesão a Cristo na sua oferta redentora em ação de graças e adoração ao Pai, efusão do Espírito Santo, possibilidade de revisão da vocação cristã e do seguimento de Jesus, incentivo ao exercício do amor fraterno, da pratica da justiça e da solidariedade, da oração e da meditação. Ocasião oportuna para, guiados pelo Espírito, retomar o sentido batismal da vida e abraçar de forma mais convicta e profunda o evangelho de Jesus, a boa-nova do reino, o mandamento do amor, o mandato missionário, a vida nova que o Senhor oferece.
Nesse horizonte de retomada da vocação cristã, a Igreja com a CF propõe a conversão comunitária e social de uma situação de pecado que atinge a todos e fere a dignidade humana. Os pecados pessoais conduzem ao pecado social e configuram estruturas de pecado ( cf. CIC 1868s). O pecado social exige ardoroso empenho de penitência e conversão, pois também ele desfigura os traços filiais do discípulo missionário. É preciso ter em conta não apenas que os pecados pessoais ferem a comunhão da Igreja, mas também que somos igualmente responsáveis pelos pecados que geram situações de sofrimento e morte na sociedade.
A CF muito colabora para aprofundar essa consciência e enriquecer a reflexão quaresmal a fim de suscitar, com a graça de Deus, a conversão sincera e reavivar o compromisso batismal de todo cristão, na renúncia ao mal e na adesão ao reino de Deus.
(Pe. Luiz Carlos Dias – Secretário-executivo da CF)
------------------------

1. Cinquenta anos da Campanha da Fraternidade.

A Campanha da Fraternidade (CF) é um projeto de evangelização da Igreja Católica no Brasil para auxiliar as comunidades e todos os discípulos missionários na caminhada de conversão e preparação para a celebração da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Neste ano de 2013 chegamos à qüinquagésima edição dessa campanha, realizada em âmbito nacional pela primeira vez em 1964. Como a CF alcança o seu jubileu de ouro, é oportuno recordar que este projeto foi idealizado na cidade de Natal (RN) no ano de 1961, quando alguns padres responsáveis pela Cáritas Brasileira diante da dura realidade enfrentada pelas pessoas da região, criaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da Instituição.
No ano de 1962 o projeto foi posto em prática com a adesão de outras três dioceses do Nordeste. Do ponto de vista financeiro, deixou a desejar, mas este experiência foi a embrião de um projeto anual dos organismos nacionais de CNBB e das dioceses no Brasil, realizado à luz das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja em nosso país. Cooperou para o lançamento nacional da CF, no dia 23 de dezembro de 1963, o impulso renovador do Concílio Vaticano II, em andamento na época.
Contemplando hoje tantos frutos de conversão – nos âmbitos pessoal, comunitário e social -, rendemos graças a Deus por ter dotado a Igreja de tão eficaz instrumento para a evangelização.
(Pe. Luis Carlos Diaz – Secretário-executivo da CF. )

1 comentario:

Anónimo dijo...

Muy buenas publicaciones! GRACIAS!